sábado, 22 de setembro de 2012

Reinventando os espaços da creche


Reinventando os espaços da creche


Objetivos 
- Conquistar autonomia de forma progressiva em relação a si próprio, aos outros e aos objetos.
- Desenvolver a identidade, reconhecendo limites e capacidades.
- Ter prazer e divertir-se com a vida coletiva na escola.
- Desenvolver a oralidade e a sociabilidade.

Conteúdos 
- Identidade e autonomia.
- Sociabilidade.
- Movimento.

Tempo estimado O ano todo.
Flexibilização
Para crianças com deficiência auditiva
A deficiência auditiva de alguns bebês só é percebida a partir dos 6 meses de vida. Por isso, fique atento aos sinais que a criança pode emitir - como não responder aos seus chamados ou aos chamados dos colegas, nem assustar-se diante de um barulho mais intenso, por exemplo. Caso a perda auditiva da criança não possa ser compensada com a ajuda de aparelhos, tentar oralizá-la não é o melhor caminho. Invista em estímulos visuais (de cores e formas variadas nos cantos da creche); olfativos (com plantas, perfumes e alimentos diferentes) e de movimento (faça com que a criança explore os diferentes espaços organizados). Vale lembrar: quanto antes essa criança puder ser acompanhada por um intérprete de libras, mais cedo ela poderá desenvolver uma forma efetiva de comunicar-se com os demais.

Material necessário 
Móveis da própria sala, tecidos de tamanhos e texturas variados, caixas de papelão, bambolês, brinquedos, livros, revistas, sucatas variadas, bolas e papelões vazados.

Desenvolvimento 
1ª etapa Observe diariamente como as crianças interagem com o ambiente. Que espaços e objetos preferem? Que materiais são mais desafiadores? Que ações executam com brinquedos, livros etc.? Registre suas observações e, com base nelas, planeje intervenções gradativas no espaço permanente da turma.

2ª etapa Organize cantos na sala, nos quais as crianças vão brincar e circular livremente. Use móveis, tecidos e tapetes para fazer uma divisão clara das áreas. O primeiro, com colchões e bolas, pode ser dedicado a brincadeiras corporais. O segundo, ao contato com livros e revistas. Mais um, para o faz de conta com objetos de cozinha e de bebês. Por fim, o canto de explorações (com tecidos de várias texturas, materiais sonoros e itens para desenho) e o das almofadas e dos objetos pessoais. Mostre tudo aos poucos, garantindo que os pequenos possam agir sozinhos ou em grupo.

3ª etapa Monte cabanas em alguns cantos para colaborar com a divisão do espaço e colocar uma limitação física no ambiente. Nelas, as crianças entram e saem, tendo momentos de privacidade e sociabilidade. Aproveite e use a cabana para uma proposta coletiva, convidando as crianças a ouvir uma história ou fazer um desenho coletivo.

4ª etapa
A decisão sobre os materiais oferecidos é fundamental para propiciar desafios. É recomendável ter pequenos espelhos (desenvolvimento da identidade), caixas com objetos sonoros e outros de abrir e fechar (estímulo à exploração), além de pequenas bolas e tecidos grandes para jogar e puxar (promoção da sociabilidade). Variar a quantidade é útil para que os pequenos aprendam a pedir emprestado, a respeitar a vez do amigo e a compartilhar uma ação.

5ª etapa Realize constantes intervenções no espaço. Confeccione tapetes com texturas e caixas com aberturas. Varie as propostas para que os pequenos possam estar em pequenos grupos e com toda a turma. Promova brincadeiras na frente de um espelho com objetos e tecidos. Esteja atento para mediar situações de socialização e possíveis conflitos entre os pequenos.

Avaliação 
Crie situações para observar como cada um se relaciona com espaços, pessoas e objetos. Observe os avanços nas relações de respeito e no uso de estratégias comunicativas (orais ou não verbais), na gradativa superação de desafios corporais e no desenvolvimento da autonomia, tanto nas relações com os outros como no uso de objetos.
Consultoria: Karina Rizek
Coordenadora de projetos da Escola de Educadores e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.

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