domingo, 7 de outubro de 2012

20 dúvidas mais importantes sobre a inclusão.


20 dúvidas mais importantes sobre a inclusão.

As soluções para os dilemas que o gestor enfrenta ao receber alunos com deficiência


Foi a favor da diversidade e pensando no direito de todos de aprender que a Lei nº 7.853 (que obriga todas as escolas a aceitar matrículas de alunos com deficiência e transforma em crime a recusa a esse direito) foi aprovada em 1989 e regulamentada em 1999. Graças a isso, o número de crianças e jovens com deficiência nas salas de aula regulares não para de crescer: em 2001, eram 81 mil; em 2002, 110 mil; e 2009, mais de 386 mil – aí incluídas as deficiências, o Transtorno Global do Desenvolvimento e as altas habilidades.

Hoje, boa parte das escolas tem estudantes assim. Mas você tem certeza de que oferece um atendimento adequado e promove o desenvolvimento deles? Muitos gestores ainda não sabem como atender às demandas específicas e, apesar de acolher essas crianças e jovens, ainda têm dúvidas em relação à eficácia da inclusão, ao trabalho de convencimento dos pais (de alunos com e sem deficiência) e da equipe, à adaptação do espaço e dos materiais pedagógicos e aos procedimentos administrativos necessários.

Para quebrar antigos paradigmas e incluir de verdade, todo diretor tem um papel central. Afinal, é da gestão escolar que partem as decisões sobre a formação dos professores, as mudanças estruturais e as relações com os familiares.Você encontra respostas para as 20 dúvidas mais importantes sobre a inclusão.
1. Como ter certeza de que um aluno com deficiência está apto a frequentar a escola?
Aos olhos da lei, essa questão não existe – todos têm esse direito. Só em alguns casos é necessária uma autorização dos profissionais de saúde que atendem essa criança. É dever do estado oferecer ainda uma pessoa para ajudar a cuidar desse aluno e todos os equipamentos específicos necessários.Cabe ao gestor oferecer as condições adequadas conforme a realidade de sua escola.

2. As turmas que têm alunos com deficiência devem ser menores?
Sim, pois grupos pequenos (com ou sem alunos de inclusão) favorecem a aprendizagem. Em classes numerosas, os professores encontram mais dificuldade para flexibilizar as atividades e perceber as necessidades e habilidades de cada um.

3. Quantos alunos com deficiência podem ser colocados na mesma sala?
Não há uma regra em relação a isso, mas em geral existem dois ou, em alguns casos, três por sala. Vale lembrar que a proporção de pessoas com deficiência é de 8 a 10% do total da população.

4. Para tornar a escola inclusiva, o que compete às diversas esferas de governo?
O governo federal presta assistência técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para o acesso dos alunos e a formação de professores, secretária de Educação Especial do Ministério da Educação (MEC). Os gestores estaduais e municipais organizam sistemas de ensino voltados à diversidade, firmam e fiscalizam parcerias com instituições especializadas e administram os recursos que vêm do governo federal.

5. Quem tem deficiência aprende mesmo?
Sem dúvidaSempre há avanços, seja qual for a deficiência. Surdos e cegos, por exemplo, podem desenvolver a linguagem e o pensamento conceitual. Crianças com deficiência mental podem ter mais dificuldade para se alfabetizar, mas adquirem a postura de estudante, conhecendo e incorporando regras sociais e desenvolvendo habilidades como a oralidade e o reconhecimento de sinais gráficos.É importante entender que a escola não deve, necessariamente, determinar o que e quando esse aluno vai aprender. Nesses casos, o gestor precisa rever a relação entre currículo, tempo e espaço.

6. Ao promover a inclusão, é preciso rever o projeto político pedagógico (PPP) e o currículo da escola?
Sim. O PPP deve contemplar o atendimento à diversidade e o aparato que a equipe terá para atender e ensinar a todos. Já o currículo deve prever a flexibilização das atividades (com mais recursos visuais, sonoros e táteis) para contemplar as diversas necessidades.

7. Em que turma o aluno com deficiência deve ser matriculado?
Junto com as crianças da mesma idade.As deficiências física, visual e auditiva não costumam representar um problema, pois em geral permitem que o estudante acompanhe o ritmo da turma. Já os que têm deficiência intelectual exigem que o gestor consulte profissionais especializados ao tomar essa decisão. Um aluno com atraso desenvolvimento cognitivo(intelectual), por exemplo, pode se beneficiar ficando com um grupo de idade inferior à dele (no máximo, três anos de diferença). Mas essa decisão tem de ser tomada caso a caso.

8. Alunos com deficiência atrapalham a qualidade de ensino em uma turma?
Não, ao contrário. Hoje, sabe-se que todos aprendem de forma diferente e que uma atenção individual do professor a determinado estudante não prejudica o grupo. Daí a necessidade de atender às necessidades de todos, contemplar as diversas habilidades e não valorizar a homogeneidade e a competição.

9. Como os alunos de inclusão devem ser avaliados?
De acordo com os próprios avanços e nunca mediante critérios comparativos.Os professores devem receber formação para observar e considerar o desenvolvimento individual, mesmo que ele fuja dos critérios previstos para o resto do grupo. Quando o estudante acompanha o ritmo da turma, basta fazer as adaptações, como uma prova em braile para os cegos.

10. A nota da escola nas avaliações externas cai quando ela tem estudantes com deficiência?
Em princípio, não. Porém há certa polêmica em relação aos casos de deficiência intelectual. O MEC afirma que não há impacto significativo na nota. Já os especialistas dizem o contrário.O ideal seria ter provas adaptadas dentro da escola ou, ao menos, uma monitoria para que os alunos pudessem realizá-las. Tudo isso, é claro, com a devida regulamentação governamental. Enquanto isso não acontece, cabe aos gestores debater essas questões com a equipe e levá-las à Secretaria de Educação.

11. É possível solicitar o apoio de pessoal especializado?
Mais do que possível, é necessário. O aluno tem direito à Educação regular em seu turno e ao atendimento especializado, responsabilidade que não compete ao professor de sala. Para tanto, o gestor pode buscar informações na Secretaria de Educação Especial,profissionais especializados e em organizações não governamentais, associações e universidades

12. Como integrar o trabalho do professor ao do especialista?
Disponibilizando tempo e espaço para que eles se encontrem e compartilhem informações. Essa integração é fundamental para o processo de inclusão e cabe ao diretor e ao coordenador pedagógico garantir que ela ocorra nos horários de trabalho pedagógico coletivo.

13. Como lidar com as inseguranças dos professores?
Promovendo encontros de formação e discussões em que sejam apresentadas as novas concepções sobre a inclusão (que falam, sobretudo, das possibilidades de aprendizagem). O contato com teorias e práticas pedagógicas transforma o posicionamento do professor em relação à Educação inclusiva. Nesses encontros, não devem ser discutidas apenas características das deficiências. Apostamos pouco na capacidade desses alunos porque gastamos muito tempo tentando entender o que eles têm, em vez de conhecer as experiências pelas quais já passaram.

14. Como preparar os funcionários para lidar com a inclusão?
Formação na própria escola é a solução, em encontros que permitam que eles exponham dificuldades e tirem dúvidas. Esse diálogo é uma maneira de mudar a forma de ver a questão: em vez de atender essas crianças por boa vontade, é importante mostrar que essa demanda exige a dedicação de todos os profissionais da escola.É possível também oferecer uma orientação individual e ficar atento às ofertas de formação das Secretarias de Educação.

15. Como trabalhar com os alunos a chegada de colegas de inclusão?
Em casos de deficiências mais complexas, é recomendável orientar professores e funcionários a conversar com as turmas sobre as mudanças que estão por vir, como a colocação de uma carteira adaptada na classe ou a presença de um intérprete durante as aulas. Quando a inclusão está incorporada ao dia a dia da escola, esses procedimentos se tornam menos necessários.

16. O que fazer quando o aluno com deficiência é agressivo?
A equipe gestora deve investigar a origem do problema junto aos professores e aos profissionais que acompanham esse estudante.Pode ser que o planejamento não esteja contemplando a participação dele nas atividades. Nesse caso, cabe ao gestor rever com a equipe a proposta de inclusão. Se a questão envolve reclamações de pais de alunos que tenham sido vítimas de agressão, o ideal é convidar as famílias para uma conversa.

17. O que fazer quando a criança com deficiência é alvo de bullying?
É preciso elaborar um projeto institucional para envolver os alunos e a comunidade e reforçar o trabalho de formação de valores.

18. Os pais precisam ser avisados que há um aluno com deficiência na mesma turma de seu filho?
Não necessariamente. O importante é contar às famílias, no ato da matrícula. A exceção são os alunos com quadro mais severo – nesses casos, a inclusão dá mais resultado se as famílias são informadas em encontros com professores e gestores.Isso porque as crianças passam a levar informações para casa, como a de que o colega usa fralda ou baba. E, em vez de se alarmar, os pais poderão dialogar.

19. Como lidar com a resistência dos pais de alunos sem deficiência?
O argumento mais forte é o da lei, que prevê a matrícula de alunos com deficiência em escolas regulares. Outro caminho é apresentar a nova concepção educacional que fundamenta e explica a inclusão como um processo de mão dupla, em que todos, com deficiência ou não, aprendem pela interação e diversidade.

20. Uma criança com deficiência mora na vizinhança, mas não vai à escola. O que fazer?
Alertar a família de que a matrícula é obrigatória. Ainda há preconceito, vergonha e insegurança por parte dos pais. Quebrar resistências exige mostrar os benefícios que a criança terá e que ela será bem cuidada. Os períodos de adaptação, em que os pais ficam na escola nos primeiros dias, também ajudam. Se houver recusa em fazer a matrícula, é preciso avisar o Conselho Tutelar e, em último caso, o Ministério Público.

Adaptações para Lápis


Adaptações para Lápis



sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A MENINA COM SÍNDROME DE DOWN- nas olimpíadas especiais de Seattle


A MENINA COM SÍNDROME DE DOWN- nas olimpíadas especiais de Seattle


Há alguns anos, nas olimpíadas especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiência mental, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos.
Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.

Um dos garotos tropeçou no asfalto, caiu e começou a chorar. Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Então viraram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas com Síndrome de Down ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse:

- Pronto, agora vai sarar!
E todos os noves competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos...

Talvez os atletas fossem deficientes mentais...
Mas com certeza, não eram deficientes espirituais...
"Isso porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida, mais do que ganhar sozinho é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir os nossos passos..."

"Procure ser um homem de valor, em vez de procurar ser um homem de sucesso".

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Adaptações físicas para aluno cadeirante


Adaptações físicas para aluno cadeirante


Que adaptações físicas devemos fazer na sala de aula considerando o aluno cadeirante e como adaptá-lo a sala de aula?

A escola que irá receber um aluno cadeirante necessita de um detalhado estudo sobre o seu desenvolvimento geral, seu histórico de aprendizagem, é preciso fazer um diagnóstico cuidadoso para saber se ele necessita de um "Plano Individualizado de Adequação Curricular".

É fundamental tratar essa aluno como uma pessoa com condições mentais normais, que necessita apenas de uma adaptação física e estrutural para melhor se adaptar ao ambiente e assim conseguir ser independente.

A integração em sala de aula é fundamental. A professora deverá conversar com seus alunos primeiramente sobre a deficiência do novo aluno, explicando toda situação do cadeirante.

Para incluir um aluno com deficiência física na escola é necessário que a escola possua adaptações coerentes com a necessidade do aluno como: portas largas, rampas de acesso, cadeira adaptada (deitar), mesa acoplada na cadeira de rodas, entre outros.

Os alunos precisam estar preparados para receber o colega deficiente. O professor deve explicar que deficiência física não tem nada a ver com deficiência mental, a deficiência física afeta a parte motora e não a parte cognitiva da pessoa. Muitas vezes a discriminação acontece pela falta de conhecimento, ou por não saber lidar com uma situação nova, que não é comum.

O aluno com limitações motoras na sala de aula

1.O aluno deve ficar sempre na frente e no meio da sala, pois isto facilita a sua atenção e integração na turma.
2.O aluno deve ser tratado com naturalidade e sua participação nas atividades em grupo deve ser sempre estimulada.
3.Poderá ser necessário que o aluno tenha um tempo maior que os outros para realizar as atividades, quando a sua dificuldade motora for também no membro superior. Lembre-se que ele tem esse direito.
4.Alguns podem utilizar-se de adaptações para escrita, máquinas de escrever ou até mesmo computadores para escrever.
5.Para as atividades extra-classe é importante avaliar previamente a acessibilidade do local para garantir que o aluno possa ir, sem maiores transtornos ou constrangimentos.
6.Quando o aluno tiver uma dificuldade cognitiva associada à limitação motora poderá ser necessária alguma adaptação curricular.
7.O aluno pode necessitar de algum auxílio ao entrar e sair da sala; ofereça ajuda, se puder e desejar.
8.A sala de aula deve ser organizada de forma a que o aluno cadeirante possa circular sem dificuldades.


Fonte:Fonte: http://grupotetraplegia.wikispaces.com/
www.deficienteciente.blogspot.com

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A Evolução do Desenho Infantil


A Evolução do Desenho Infantil

O desenvolvimento progressivo do desenho implica mudanças significativas que, no início, dizem respeito à passagem dos rabiscos iniciais da garatuja para construções cada vez mais ordenadas, fazendo surgir os primeiros símbolos Essa passagem é possível graças às interações da criança com o ato de desenhar e com desenhos de outras pessoas. Na garatuja, a criança tem como hipótese que o desenho é simplesmente uma ação sobre uma superfície, e ela sente prazer ao constatar os efeitos visuais que essa ação produziu. No decorrer do tempo, as garatujas, que refletiam sobretudo o prolongamento de movimentos rítmicos de ir e vir, transformam-se em formas definidas que apresentam maior ordenação, e podem estar se referindo a objetos naturais, objetos imaginários ou mesmo a outros desenhos.
O desenho como possibilidade de brincar, o desenho como possibilidade de falar de registrar, marca o desenvolvimento da infância, porém em cada estágio, o desenho assume um caráter próprio.


• De 1 a 3 anos
-É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda desprovidos de controle motor, a criança ignora os limites do papel e mexa todo o corpo para desenhar, avançando os traçados pelas paredes e chão.
-As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham em formas independentes.
-figuras humanas com cabeça e olhos.


• De 3 a 4 anos
-conquistou a forma e seus desenhos têm a intenção de reproduzir algo.
-respeita melhor os limites do papel.
-desenho um ser humano com pernas, braços, pescoço e tronco.


• De 4 a 5 anos
-É uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e animais
-varia no uso das cores, buscando um certo realismo.
-figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a -distribuição dos desenhos no papel obedecem a uma certa lógica, do tipo céu no alto da folha.


-Aparece ainda a tendência à antropomorfização, ou seja, a emprestar características humanas a elementos da natureza, como o famoso sol com olhos e boca. Esta tendência deve se estender até 7 ou 8 anos.


• De 5 a 6 anos
-Os desenhos sempre se baseiam em roteiros com começo, meio e fim.
-figuras humanas aparecem vestidas
-grande atenção a detalhes como as cores.
-Os temas variam e o fato de não terem nada a ver com a vida dela são um indício de desprendimento e capacidade de contar histórias sobre o mundo.



• De 7 a 8 anos
-O realismo é a marca desta fase, em que surge também a noção de perspectiva. Ou seja, os desenhos da criança já dão uma impressão de profundidade e distância.
-Extremamente exigentes, muitas deixam de desenhar, se acham que seus trabalhos não ficam bonitos.

O importante é respeitar os ritmos de cada criança e permitir que ela possa desenhar livremente, sem intervenção direta, explorando diversos materiais, suportes e situações

A Dieta Sensorial - Tratamento de Transtorno de Integração Sensorial

A Dieta Sensorial - Tratamento de Transtorno de Integração Sensorial 



Se a criança tem sintomas de Transtorno de Integração Sensorial conversa com seu médico (Pediatra ou Neuropediatra) que podem encaminhá-lo a um Terapeuta Ocupacional especialista na abordagem Integração Sensorial para uma avaliação. Ela pode fazer-lhe perguntas sobre comportamento, hábitos alimentares, ou preocupações de desenvolvimento em sua avaliação. Ela pode usar um questionário padronizado(Perfil sensorial) para avaliar o seu filho para disfunção sensorial.

A Dieta Sensorial


Que é uma "dieta sensorial"? Não, esta não é uma dieta de apenas determinados alimentos ou calorias determinado. Uma dieta sensorial é um termo usado para descrever as atividades sensoriais que são usadas para tratar crianças com Transtorno de Integração Sensorial. Seu terapeuta ocupacional irá criar um "menu" de atividades para fazer com seu filho. Ela terá que realizar essas atividades em uma ordem específica para criar uma "refeição" sensorial ou "snack". Assim como as dietas nutricionais, a dieta sensorial é projetado para as necessidades sensoriais de seu filho. Seu terapeuta ocupacional irá criar um plano de atividades para fazer durante o dia.

Uma dieta sensorial é um programa de atividade planejada e programada, que inclui uma combinação de alertas, calmante, e organização de atividades. É baseado no princípio de que certas atividades que terão um efeito modulador sobre o sistema nervoso, por um período de tempo limitado e, portanto, deve ser repetido durante todo o dia. Através do uso de uma dieta individualizada sensoriais, incorporando toque pressão profunda, o trabalho pesado, e movimento, uma pessoa torna-se mais concentrada, adaptáveis e habilidosos em suas atividades diárias.

Ensine as crianças a regular o seu sistema sensorial com a Dieta Sensorial

- Movimento e equilíbrio (vestibular)
- Movimento e Resistência (propriocepção)
- Tátil
- Motor-Oral
- Visuais, auditivas e olfativas



Atividades que são tipicamente de ALERTA sensorial

- andar rápido, pular, saltitar, polichinelo,pular corda, trilha com obstáculos( cama elástica, tábua de equilibrio, balanço)
-  música - freqüências mais baixas que provocam o movimento (bateria), enquanto que as freqüências mais elevadas podem envolver a atenção (flautas)
- temperaturas frias (incluindo alimentos)
- escovação rápida e toque leve e profundo
- movimento rápido, especialmente rotação
- sabores azedo ou picante
- usar os músculos para o "trabalho pesado" de empurrar, puxar, contra a resistência (tende a ser tanto de alerta e de organização, isso pode ajudar a diminuir "motores muito rápido" e aumentar "os motores muito lento")





 Atividades para ACALMAR o nivel sensorial

- Atividades táteis (pintura,argila,areia,massinha, água, colagem com cereais (feijão)
- música lenta (clássica ou sons de natureza - pássaros,ondas, água)
- toque de pressão constante e firme, ou apertar (abraço forte, compressão profunda,sentar em cima de almofadas ou puff)
- usar os músculos para o "trabalho pesado"(empurrar uma parede, puxar uma corda, carregar livros)
- sabores doce (pirulito, suco com canudinho)
- movimentos lineares lentos com ritmos(rede e balanço)
- Relaxamento com pressão profunda

Massagem toque profundo -Relaxamento.

sábado, 22 de setembro de 2012

Sondagem do Desenho Infantil


Sondagem do Desenho Infantil

Desenho Infantil

“Só se aprende a fazer, fazendo;


só se aprende a desenhar, desenhando”

Toda criança desenha. Pode ser com lápis e papel ou com caco de tijolo na parede. Agir com um riscador sobre um suporte é algo que ela aprende por imitação – ao ver os adultos escrevendo ou os irmãos desenhando. Com a exploração de movimentos em papéis variados, a criança adquire coordenação para desenhar.
O desenho parece surgir de forma espontânea e evoluir ao processo de desenvolvimento global da criança. Também é uma tentativa de comunicação formal e um meio de representação e simbolização. A criança expressa em seu grafismo aquilo que ainda não consegue com outras linguagens, por exemplo, a fala ou a escrita.
A criança constrói ao longo dos primeiros anos de seu desenvolvimento a capacidade de figurar e de expressar-se por diferentes linguagens e, exerce essa habilidade livremente através do desenho, da imitação, da dança e das brincadeiras de faz-de-conta.
No início de seu desenvolvimento cognitivo, o desenho é para a criança uma atividade lúdica, que amplia suas capacidades imaginativas e representativas. Ao iniciar seus rabiscos ainda na fase da garatuja, a criança vai percebendo as possibilidades daqueles traços e, essa exploração, de natureza inicialmente motora, vai possibilitando a ampliação de sua representação das coisas.
O desenho evolui conforme o pensamento da criança evolui. Seu traçado, tipo de desenho, e temática expresssam como a criança pensa, como vê o mundo, seus sentimentos e organização interna. A oportunidade de desenhar é importante para estimular a expressão, criatividade, o desenvolvimento intelectual e a conquista de outras linguagens, como por exemplo, a escrita que, “por ser um sistema de representação, está claramente vinculada com o desenho, sendo este uma preparação para alfabetização” (Pillar, 1996, p.32). Ou seja, o desenho permite à criança ao exercício de um tipo de simbolização gráfica que possui uma relação direta com a realidade, e que constituirá a base que, mais tarde, possibilitará que a criança possa construir a escrita, outro tipo de representação gráfica, mais abstrata e arbitrária, e que não guarda uma relação direta com o mundo físico.
Ao final do seu primeiro ano de vida, a criança já é capaz de manter ritmos regulares e produzir seus primeiros traços gráficos, fase conhecida como dos rabiscos e garatujas.
O desenvolvimento progressivo do desenho implica mudanças significativas que, no início, dizem respeito à passagem dos rabiscos iniciais da garatuja para construções cada vez mais ordenadas, fazendo surgir os primeiros símbolos. Essa passagem é possível graças às interações da criança com o ato de desenhar e com desenhos de outras pessoas. Na garatuja a criança tem como hipótese que o desenho é simplesmente uma ação sobre uma superfície, e ela sente prazer ao constatar os efeitos visuais que essa ação produziu. Mais cedo ou mais tarde, todos os pequenos se interessam em registrar no papel algo que seja reconhecido pelos outros. No começo, é comum observar o que se convencionou chamar de boneco girino, uma primeira figura humana constituída por um círculo de onde sai um traço representando o tronco, dois riscos para os braços e outros dois para as pernas. Depois essa figura incorpora cada vez mais detalhes, conforme a criança refine seu esquema corporal e ganhe repertório imagético ao ver desenhos de sua cultura e dos próprios e dos próprios colegas.

Piaget dividiu a evolução do desenho infantil, em cinco estágios:

1 – Garatuja: a criança demonstra extremo prazer e a figura humana é inexistente. A cor tem papel secundário, aparecendo o interesse pelo contraste. Pode ser dividida em:

Desordenada: movimentos amplos e desordenados. Ainda é um exercício. Não há preocupação com a preservação dos traços, sendo cobertos com novos rabiscos várias vezes. Não há representação no desenho. Os traços podem ser leves ou fortes. Muitas vezes não respeita os limites do papel desenhando nas mesas e carteiras.

Ordenadas: movimentos longitudinais e circulares; coordenação viso-motora. Figuras humanas de forma imaginária, exploração do traçado, interesse pelas formas. Nessa fase a criança diz o que vai desenhar, mas não existe relação fixa entre o objeto e sua representação. Por isso ela pode dizer que uma linha é uma árvore, e antes de terminar o desenho, dizer que é um cachorro correndo. Relação espacial delimitada.

2 – Pré-esquematismo: descoberta de relação entre desenho, pensamento e realidade. Quanto ao espaço, os desenhos são dispersos inicialmente, não relaciona entre si. Aparecem as primeiras relações espaciais, surgindo devido à vínculos emocionais. A figura humana torna-se uma procura de um conceito que depende do seu conhecimento ativo, inicia a mudança de símbolos. O uso das cores não tem relação com a realidade, depende do interesse emocional.

3 – Esquematismo: esquemas representativos, começa a construir formas diferenciadas para cada categoria de objeto, por exemplo, descobre que pode fazer um pássaro com a letra “V”. Uso da linha de base e descoberta da relação cor / objeto. Já tem um conceito definido quanto a figura humana, porém aparecem desvios do esquema como: exagero, negligência, omissão ou mudança de símbolo. Aparecem fenômenos como transparência e o rebatimento.

4 – Realismo: consciência maior do sexo e autocrítica pronunciada. No espaço é descoberto o plano e a superposição. Abandona a linha de base. Na figura humana aparece o abandono das linhas. As formas geométricas aparecem. Maior rigidez e formalismo. Acentuação das roupas diferenciando os sexos. Aqui acontece o abandono do esquema de cor, a acentuação será de enfoque emocional.

5 – Pseudo Naturalismo: no espaço já apresenta a profundidade. Na figura humana as características sexuais são exageradas, presença de articulações e proporções. A consciência visual ou a acentuação da expressão. Também fazem patê deste período. Uma maior conscientização no uso da cor, podendo ser objetiva ou subjetiva.

Orientações para a sondagem

A sondagem do desenho infantil pode ser realizada coletivamente, desde que cada criança tenha sua folha e material para desenhar e, que o professor não permita intervenções de outros alunos. É aconselhável que nesse momento o professor circule pela sala observando os alunos, não é o momento para realizar tarefas afins.
No desenho da criança não é permitido que se escreva nenhuma observação, nem mesmo nomeie os objetos criados pelos mesmos, porém é necessário que o professor tenha um impresso seu onde possa fazer suas anotações sobre o desenho de cada criança e registrar a fase em que cada um se encontra. Os desenhos juntamente com o impresso preenchido pelo professor deverão fazer parte do portfólio dos alunos.
É aconselhável, ao professor, que ofereça às crianças o contato com diferentes tipos de desenhos e obras de artes, que elas façam a leitura de suas produções e escutem a de outros e também que sugira a criança desenhar a partir de observações diversas (cenas, objetos, pessoas) para que possamos ajudá-la a nutrisse de informações e enriquecer o seu grafismo. Assim elas poderão reformular suas idéias e construir novos conhecimentos.

Curiosidades

Formas de interpretação do desenho infantil

Existem algumas pistas que podem nos orientar sobre o que diz os desenhos das crianças. No entanto, são puramente orientações, pois devemos lembrar que a interpretação de um desenho isolada do contexto em que foi elaborado não faz sentido.

Posição do desenho – Todo desenho na parte superior do papel, está relacionado com a cabeça, o intelecto, a imaginação, a curiosidade e o desejo de descobrir coisas novas. A parte inferior do papel no informa sobre as necessidades físicas e materiais que pode ter a criança. O lado esquerdo indica pensamentos que giram em torno ao passado, enquanto o lado direito, ao futuro. Se o desenho se situa no centro do papel, representa o momento atual.

Dimensões do desenho – Os desenhos com formas grandes mostram certa segurança, enquanto os de formas pequenas parecem ser feitas por crianças que normalmente precisam de pouco espaço para se expressar. Podem também sugerir uma criança reflexiva, ou com falta de confiança.

Traços do desenho – Os contínuos, sem interrupções, parecem denotar um espírito dócil, enquanto o apagado ou falhado, pode revelar uma criança um pouco insegura e impulsiva.

A pressão do desenho – Uma boa pressão indica entusiasmo e vontade. Quanto mais forte seja o desenho, mais agressividade existirá, enquanto a mais superficial demonstra falta de vontade ou fadiga física.

As cores do desenho – O vermelho representa a vida, o ardor, o ativo; o amarelo, a curiosidade e alegria de viver; o laranja, necessidade de contato social e público, impaciência; o azul, a paz e a tranqüilidade; o verde, certa maturidade, sensibilidade e intuição; o negro representa o inconsciente; o marrom, a segurança e planejamento. É necessário acrescentar que o desenho de uma cor só pode denotar preguiça ou falta de motivação.

Significados de alguns desenhos:

Árvore: Refere-se ao físico, emocional e intelectual da criança. Quando o tronco da árvore é alto e largo, revela que a criança tem muita força na superação dos problemas. Quando o tronco for pequeno e estrito, revela vulnerabilidade às complicações. Se houver excesso de folhas, a criança tem grandes ocupações, talvez em excesso. Se houver poucas folhas e galhos a criança está triste.

Casa: Desenho de uma casa grande demonstra grande emotividade, já uma casa pequena demonstra retraimento.

Barco: Significa que a criança adapta-se facilmente a imprevistos. Barco grande revela que não gosta de mudanças e aprecia ter controle da situação, se o barco for pequeno demonstra ser sensível e ter grande intuição.

Flores: desenhar flores significa que a criança é alegre e feliz.

ATIVIDADES DE GRAFISMOS


ATIVIDADES DE GRAFISMOS





















Conteúdos dessa postagem: atividades de grafomotricidade, coordenação visomotora

ATIVIDADES PARA DESENVOLVER COORDENAÇÃO MOTORA


ATIVIDADES PARA DESENVOLVER COORDENAÇÃO MOTORA

A escola deve estimular outras buscas, novos conhecimentos dando ênfase em outros sentidos do prazer, através de um trabalho multidisciplinar e transversal. Os docentes podem desenvolveratividades voltadas ao desenvolvimento da coordenação motora, pois estas proporcionam um leque de idéias importantes que propiciam aos alunos estabelecer relações e vinculações entre os mais diferentes conteúdos apresentados pelas diversas disciplinas escolares.
No entanto, isto depende de uma formação continuada dos professores. O professor da educação infantil precisa compreender que o processo de desenvolvimento  da coordenação motora da criança abrange vários fatores que são claramente percebidos e sentidos podem nos aspectos orgânico, psicológico, cognitivo e social. Os mesmos mais cedo ou mais tarde podem interferir de alguma forma no processo ensino-aprendizagem.























Conteúdos a serem desenvolvidos a partir dessas atividades: coordenação motora fina coordenação viso-motora desenvolvimento do raciocínio estímulo visuale muito mais.