terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Esquema das principais funções dos lobos cerebrais e cerebelo.





 Esquema das principais funções dos lobos cerebrais e cerebelo.

Lobo Frontal.
No lobo frontal, localizado na parte da frente do cérebro (testa), a partir do sulco central para a frente, acontece o planejamento de ações e movimento, bem como o pensamento abstrato. Nele estão incluídos o córtex motor (córtex motor primário, córtex pré-motor e córtex motor suplementar) e o córtex pré-frontal .
O córtex motor primário controla e coordena a motricidade voluntária, sendo que o córtex motor do hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo do indivíduo, enquanto que o do hemisfério esquerdo controla o lado direito. Um trauma nesta área pode causar fraqueza muscular ou paralisia. Convulsões envolvendo essa área do giro pré-central produzem as convulsões motoras focais jacksonianas clássicas.
A aprendizagem motora e os movimentos de precisão são executados pelo córtex pré-motor, que fica mais ativa do que o restante do cérebro quando se imagina um movimento sem executá-lo. Lesões nesta área não chegam a comprometer a ponto do indivíduo sofrer uma paralisia ou problemas para planejar ou agir, no entanto a velocidade de movimentos automáticos, como a fala e os gestos, é perturbada. Convulsões envolvendo essas áreas caracteristicamente pré-motoras provocam movimentos adversos da cabeça, olhos, troncos e extremidades na direção do lado oposto.
A atividade no lobo frontal de um indivíduo aumenta somente quando este se depara com uma tarefa difícil em que ele terá que descobrir uma sequência de ações que minimize o número de manipulações necessárias para resolvê-la. A decisão de quais sequências de movimento ativar e em que ordem, além de avaliar o resultado, é feito pelo córtex-frontal, localizado na parte da frente do lobo frontal. Suas funções incluem o pensamento abstrato e criativo, a fluência do pensamento e da linguagem, respostas afetivas e capacidade para ligações emocionais, julgamento social, vontade, ambição e determinação para ação e atenção seletiva.
As alterações comportamentais produzidas por lesões de área pré-frontal de localização anterior variam de acordo com o tamanho da anormalidade e velocidade de seu desenvolvimento. As lesões unilaterais < 2cm em diâmetro quase nunca causam sintomas, exceto convulsões. Lesões maiores, a menos que evoluam rapidamente (por semanas ou meses, e não anos) ou afetem ambos os lobos frontais, podem também não causar sintomas. Os pacientes com grandes lesões basais frontais são apáticos, desatentos aos estímulos, indiferentes às implicações de seus atos e, algumas vezes, incontinentes. Aqueles com lesões frontais ântero-laterais ou polares são propensos a não medir as conseqüências futuras de seu comportamento e tendem a ser distraídos, eufóricos, brincalhões, freqüentemente vulgares e indiferentes às convenções sociais. Os traumatismos agudos bilaterais das áreas pré-frontais podem produzir comportamento impetuoso e loquaz, inquieto, socialmente intrusivo, que freqüentemente dura dias ou semanas. A síndrome usualmente melhora espontaneamente.
Lobo Parietal
Na região superior do cérebro temos os lobos parietais, localizado a partir do sulco central para trás até o córtex occiptal, constituídos por duas subdivisões, a anterior e a posterior. A anterior, também chamada de córtex somatossensorial (somestésica), compreende o giro pós-central e tem a função de possibilitar a percepção de sensações como o tato, a dor e o calor para reconhecimento e memória de forma, temperatura,potencial de lesão, textura e peso das coisas do meio. Por ser uma das áreas responsáveis em receber os estímulos obtidos com o ambiente exterior, representa todas as áreas do corpo humano. É a zona mais sensível, logo ocupa mais espaço do que a zona posterior, uma vez que tem mais dados a serem interpretados, captados pelos lábios, língua e garganta. A zona posterior é uma área secundária e analisa, interpreta e integra as informações recebidas pela anterior, que é a zona primária, permitindo ao indivíduo se localizar no espaço, reconhecer objetos através do tato etc. O conhecimento da posição das partes do corpo é também gerado nesta área. No hemisfério dominante, a área parietal inferior coordena a função matemática e se relaciona intimamente com o reconhecimento da linguagem e memória de vocabulário. O lobo parietal não dominante integra o lado esquerdo do corpo com seu ambiente.
Pequenas lesões do córtex do giro pós-central causam astereognose (perda do reconhecimento tátil), na mão e corpo contralateral. As lesões maiores do lobo parietal inferior no hemisfério dominante (geralmente o esquerdo) estão comumente associados à afasia grave. Uma lesão menor dessa área pode causar apraxia, dificuldade para calcular e, às vezes, desorientação da percepção esquerda e direita e agrafia. Uma lesão aguda do lobo parietal não dominante faz com que o paciente ignore a natureza séria de sua doença (anosognosia).
Alguns pacientes, particularmente os mais velhos, portadores de grandes lesões parietais direitas, podem mesmo negar a paralisia que lhes afeta o lado esquerdo do corpo. Alguns deles ficam em estado de completa confusão. Outros, portadores de pequenas lesões, tornam-se confusos quando realizam procedimentos manuais aprendidos. Este defeito espacial-manual é denominado apraxia. As atividades de vestir-se e outras bem aprendidas freqüentemente podem não ser realizadas.
Outros pacientes com lesões nesse lobo, apresentam a chamada heminegligência ou síndrome da negligência unilateral, caracterizada, um distúrbio neuropsicológico complexo que refere-se à inabilidade do indivíduo em registrar, integrar ou responder a eventos provenientes de um lado do seu corpo ou de um lado do espaço contralateral à lesão cerebral, cuja principal etiologia é a lesão do córtex têmporo-parietal posterior, responsável pela atenção e exploração do espaço, do hemisfério cerebral não dominante, ocasionado geralmente por um AVE.
Lobo Temporal.
Etimologicamente falando, o nome temporal é derivado da palavra tempo. E neste caso a relação que foi feita é que as regiões laterais de nossa cabeça (têmporas) são um dos primeiros lugares a aparecer cabelos brancos.
Na zona localizada acima das orelhas, abaixo da fissura lateral e tem com função principal de processar os estímulos auditivos. Como acontece nos lobos occipitais, as informações são processadas por associação. Quando a área auditiva primária é estimulada, os sons são produzidos e enviados à área auditiva secundária, que interage com outras zonas do cérebro, atribuindo um significado e assim permitindo ao indivíduo reconhecer ao que está ouvindo. Esta área também exibe um papel no processamento da memória e emoção. É ainda responsável pela compreensão da Linguagem (Área de Wernicke) e ainda pela Vigília (atenção).
Algumas partes dos lobos temporais processam o reconhecimento visual, e como dito, a percepção auditiva, a memória e a emoção. Os pacientes com lesão unilateral adquirida do lobo temporal direito, comumente perdem a acuidade para os estímulos auditivos não verbais (por exemplo, música). As lesões do lobo temporal esquerdo interferem intensamente no reconhecimento, memória e formação da linguagem, sobretudo a porção medial do córtex temporal, que compreende algumas estruturas internamente como formação hipocampal, hipocampo, giro para-hipocampal, córtex entorrinal, córtex perrinal e amígdala.
Os pacientes com focos epileptogênicos de localização medial e partes límbico-emocionais do lobo temporal comumente apresentam convulsões parciais complexas, caracterizadas por sensações incontroláveis, juntamente com expressões ou distorções das funções emocionais, cognitivas ou autônomas. Ocorrem ocasionalmente alterações da personalidade e humor, religiosidade filosófica, obsessão, e no homem, redução da libido.
Lobo Occiptal.
Localizados na parte inferior e posterior do cérebrol, os lobos occipitais processam os estímulos visuais, daí também serem conhecidos por córtex visual. Como dito, a principal função dos controles lobo occipital visão e processamento visual. O lobo occipital nos ajuda a ver e identificar as diferentes coisas para olhar para nós. Ele também ajuda-nos a compreender e distinguir cores diferentes. Assim que a criança nasce, lobo occipital começa a correr. Os estímulos visuais recebem olho recentemente é enviado através do lobo occipital ajuda as crianças a interpretar a visão. Como as crianças crescem, o/a sua visão se torna mais aguda e a capacidade de compreender as várias imagens lobo occipital cresce também.
O papel do lobo occipital não está limitado ao reconhecimento visual. Seu papel também inclui a capacidade de compreender e distinguir entre diferentes formas. Se o cérebro não processa as diferentes formas que vemos, não vamos ser capazes de compreender a geometria das formas. Isso também tornaria impossível compreender muitas coisas, pois é ele que interpreta e distingui entre diferentes formas.
Possui várias subáreas que processam os dados visuais recebidos do exterior depois destes terem passado pelo tálamo, uma vez que há zonas especializadas a visão da cor, do movimento, da profundidade, da distância e assim por diante. Depois de passarem por esta área, chamada área visual primária, estas informações são direcionadas para a área de visão secundária, onde são comparadas com dados anteriores, permitindo assim o indivíduo identificar, por exemplo, um gato, uma moto ou uma maçã. O significado do que vemos, porém, é dado por outras áreas do cérebro, que se comunicam com a área visual, considerando as experiências passadas e nossas expectativas. Isso faz com que o mesmo objeto não seja percepcionado da mesma forma por diferentes indivíduos. Quando esta área sofre uma lesão provoca a impossibilidade de reconhecer objetos, palavras e até mesmo rostos de pessoas conhecidas ou de familiares. Esta deficiência é conhecida como agnosia. Os pacientes podem apresentar problemas em seus campos visuais, em localizar objetos, reconhecer objetos desenhados ou palavras e reconhecer o movimento de um objeto. Os sintomas também envolvem alucinações e dificuldade de ver as coisas.
Cerebelo.
Do latim, cerebellum, que quer dizer pequeno cérebro, o cerebelo é responsável pela coordenação das atividades dos músculos esqueléticos, do tato, visão e audição, em nível inconsciente, a partir de informações recebidas. Indivíduos com lesão no cerebelo exibem fraqueza e perda do tônus muscular, assim como movimentos descoordenados.
Suas atividades estão relacionadas com o equilíbrio e postura corporal. O cerebelo trabalha em conexão com o córtex cerebral e o tronco encefálico.
Lesões cerebelares podem levar principalmente a prejuízos motores. Essas lesões são chamadas de ataxia. Ataxia pode ser provocada pelo alcoolismo, apresentando sintomas como descoordenação motora e da fala e perda de equilíbrio. Outros sintomas são:
- Redução do tônus muscular
- Tremores no final dos movimentos
- Dificuldade em realizar movimentos rápidos e precisos.
Referência:
Neuroanatomia Funcional - Ângelo Machado - 3ª Edição - 2013
Neuroanatomia Essencial - Netter - 1ª Edição - 2008
Neuroanatomia Aplicada - Murilo Meneses - 2ª Edição - 2006
Neurociências - Desvendando o Sistema Nervoso - Bear - 3ª Edição - 2007
Princípios de Neurociências - Kandel - 5ª Edição - 2014
Lent - Cem bilhões de neurônios? - 2ª edição - 2010

domingo, 26 de fevereiro de 2023

11 exercícios para memória e concentração


Imagem ilustrativa número 1

Alguns exercícios simples que servem para aumentar a capacidade de memória incluem:

  1. Praticar jogos como sudoku, jogo das diferenças, caça palavras, dominó, palavras cruzadas ou montar um quebra-cabeças;
  2. Ler um livro ou assistir um filme e depois contar para alguém;
  3. Fazer uma lista de compras, mas evitar utilizá-la durante as compras e depois conferir se comprou tudo que estava anotado;
  4. Tomar banho de olhos fechados e tentar lembrar o local das coisas;
  5. Mudar o percurso que faz diariamente, pois a quebrar a rotina estimula o cérebro a pensar;
  6. Trocar o mouse do computador de lado para ajudar a mudar os padrões de pensamento;
  7. Comer comidas diferentes para estimular o paladar e tentar identificar os ingredientes;
  8. Fazer atividades físicas como caminhada ou outros esportes;
  9. Fazer atividades que precisem de memorização como teatro ou dança;
  10. Usar a mão não dominante. Por exemplo, se a mão dominante for a direita, deve-se tentar usar a mão esquerda para tarefas simples;
  11. Encontrar com amigos e familiares, pois a socialização estimula o cérebro.

Além disso, aprender coisas novas como tocar um instrumento, estudar novas línguas, fazer um curso de pintura ou jardinagem, por exemplo, são outras atividades que podem ser feitas no dia a dia e que ajudam a manter o cérebro ativo e criativo, melhorando a memória e a capacidade de concentração.

Quando o cérebro não é estimulado, a pessoa tem maior probabilidade para se esquecer das coisas e por desenvolver problemas de memória e não agir com a rapidez e agilidade que deveria.

Os exercícios para memória e concentração também são importantes para:

  • Reduzir do estresse;
  • Melhorar a memória recente e a longo prazo;
  • Melhorar o humor;
  • Aumentar o foco e a concentração;
  • Aumentar a motivação e a produtividade;
  • Aumentar a inteligência, criatividade e flexibilidade mental;
  • Tornar o pensamento e o tempo de reação mais rápidos;
  • Melhorar a auto estima;
  • Melhorar a audição e a visão.

Além disso, quando se faz exercícios para memória e concentração, ocorre um aumento do fluxo sanguíneo para o cérebro com oxigênio e nutrientes que são necessários para realizar tarefas que necessitem atenção e concentração.

Teste rápido de memória e concentração

Os testes a seguir podem ser feitos em casa, desde que o ambiente esteja tranquilo para não tirar o foco e alterar os resultados.

Teste dos 9 elementos

Para fazer este exercício para memória e concentração você deve observar os elementos da lista, durante 30 segundos, e tentar decorá-los:

8amarelotelevisãopraia
dinheirocelularlinguiça
papelcháLondres

A seguir, olhe para a próxima lista e encontre os nomes que foram alterados:

amareloconfusãomar
dinheirocelularlinguiça
folhacanecaParis

Os termos errados da última lista são: Confusão, Mar, Folha, Caneca e Paris.

Se identificou todas as alterações, sua memória está boa, mas deve continuar a fazer outros exercícios para manter seu cérebro em forma.

Se não encontrou as respostas certas poderá fazer mais exercícios para memória e avaliar com um médico a possibilidade de tomar um remédio para memória, mas uma boa forma de melhorar a memória é comer alimentos ricos em ômega 3.


Imagem ilustrativa do questionário

Escrito por Flávia Costa - Farmacêutica. Atualizado por Manuel Reis - Enfermeiro, em abril de 2022. Revisão médica por Dr.ª Clarisse Bezerra - Médica de Saúde Familiar, em novembro de 2020.

Bibliografia

  • ERICKSON, Kirk I.; et al. Exercise training increases size of hippocampus and improves memory. Proc Natl Acad Sci U S A. 108. 7; 3017-3022, 2011
  • GROSS, Alden L.. Memory training interventions for older adults: A meta-analysis. Aging Ment Health. 16. 6; 722–734, 2012
Imagem do autor
Revisão médica:
Dr.ª Clarisse Bezerra
Médica de Saúde Familiar
Formada em Medicina pelo Centro Universitário Christus e especialista em Saúde da Família pela Universidade Estácio de Sá. Registro CRM-CE nº 16976.

Atividades para Estimulação da Memória, Atenção e Raciocínio Lógico













 

Ginástica Cognitiva

Caderno de estimulação cognitiva para auxiliar na minha prática, em momentos de avaliação e de intervenção. Deixo aqui o exemplo de algumas das atividades para que vos sirvam de inspiração.

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Atividades para Estimulação da Memória Visual

 Esta atividade é utilizada para estimular a memória visual bem como a capacidade de atenção e concentração.

Assim, basta entregar um cartão com as formas geométricas ao participante, conferindo-lhe um determinado período de tempo para o memorizar. Depois de lhe retirado o cartão é pedido que este o reproduza no cartão em branco. 

Os cartões são compostos por conjuntos de imagens com diferentes complexidades.

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MATERIAL:

 

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Sistema Monetário para educandos com Deficiência Intelectual

 

Sistema Monetário para educandos com Deficiência Intelectual

 Por: Elisângela Aparecida Carvalho Cardoso

Programa de Educação Tutorial-PET

Licenciatura em Pedagogia – UFBA

Relato de experência realizado:

Centro de Educação Especial da Bahia – CEEB

Serie: EJA- Tempo Formativo – Eixo III. Vespertino. Período: março a dezembro de 2014.  Componente Curricular: Matemática. 

Professora: Patrícia Diniz Gonçalves Silva

 
 

INTRODUÇÃO

Diante das dificuldades apresentadas pelos alunos com Deficiência Intelectual da EJA-Educação de Jovens e Adultos em realizar pequenas operações simples, fez-se necessário promover um projeto que pudesse abordar de forma lúdica resoluções de problemas do cotidiano.

A aprendizagem que estamos propondo com o projeto Sistema Monetário é aquela que faz sentido para os alunos com Deficiência Intelectual não só em possibilitar as relações com o que já foi aprendido anteriormente, mas por abrir possibilidades para novas descobertas, sempre de forma integrada e dinâmica.

O aluno com Deficiência Intelectual tem uma maneira própria de lidar com o saber, que não corresponde com os métodos tradicionais de algumas escolas. De acordo com Brasil (1999, p. 01), alunos com deficiência precisam “de meios ou recursos especiais […] para o desempenho de função ou atividade a ser exercida”.

Segundo os PCN é importante que:

(…) as situações de aprendizagem precisam estar centradas na construção de significados, na elaboração de estratégias e na resolução de problemas, em que o aluno desenvolve processos importantes como intuição, analogia, indução e dedução, e não atividades voltadas para a memorização, desprovidas de compreensão ou de um trabalho que privilegie uma formalização precoce dos conceitos. (BRASIL, 1998, p.63).

Todo aluno com Deficiência Intelectual ou não precisa aprender a conviver em grupo ou sentir-se parte desse grupo e para que isso aconteça é necessário que lhe seja oferecido experiências que o faça descobrir o mundo ao seu redor. É através da socialização com o outro que a criança irá aprender e encontrará um significado e propósito na aprendizagem. Nesse sentido, atividades lúdicas são fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia, pois é através da ludicidade que os sujeitos podem desenvolver algumas capacidades importantes como a atenção, à memória e a imaginação.

Levando em conta a função das atividades práticas para resolução de problemas do cotidiano de acordo com os PCN:

[…] folhetos de propaganda, cartazes, modelos, jogos e brinquedos. Aliás, materiais de uso social e não apenas escolares são ótimos recursos de trabalho, pois os alunos aprendem sobre algo que tem função social real e se mantêm atualizados sobre o que acontece no mundo, estabelecendo o vínculo necessário entre o que é aprendido na escola e o conhecimento extraescolar. (BRASIL, 1998, p. 96).

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TEMA:

Sistema Monetário

Conteúdos explorados na 3ª unidade: reconhecer, apoiado em imagens, características e valores de cédulas e moedas, identificar o valor convencional de cédulas e moedas em situações de comparação e equivalência, incorporar vocabulário referente ao sistema monetário e operar e resolver situação-problema utilizando cédulas e moedas e realização de operações simples: adição, subtração, multiplicação, divisão e noções de fração.

História: História da moeda brasileira.

Artes: Confecção do próprio dinheiro.

Conteúdos explorados na 4ª unidade: Figuras geométricas e noções de fração e leitura e escrita de fração por extenso.

Artes: Confecção das pizzas artesanais.

Objetivo Geral: proporcionar aos alunos experiências que permitam ampliar sua compreensão do conteúdo estudado, auxiliando-o no desenvolvimento do raciocínio lógico matemático e contribuindo para resoluções de problemas do cotidiano. Valorizar a Matemática como instrumento para interpretar informações sobre o mundo reconhecendo sua importância em nossa realidade social, política, cultural e econômica.

Objetivos Específicos:

  • Reconhecer o sistema monetário a partir da prática.

  • Utilizar habitualmente procedimentos de cálculo mental e cálculo escrito (técnicas operatória) selecionando as formas mais adequadas para realizar o cálculo em função do contexto socioeconômico cultural dos números e das operações envolvidas.

  • Utilizar o sistema monetário vigente no país para fazer trocas, comparar valores e resolver problemas.

  • Desenvolver o cálculo mental envolvendo real e centavos.

Material: tesoura, piloto, papel metro, papelão, cédulas antigas, cédulas atuais, papel oficio nas cores das cédulas: amarelo, azul, rosa e bege.

Sequência Didática referente à 3ª unidade:

 1º – Aula explicativa e participativa sobre escambo e o surgimento do dinheiro. Intervenção: os alunos vão receber seis gravuras com imagens de cereais, sal e carnes. Cada aluno vai ficar com um único tipo gravura. Os alunos vão trocar as gravuras até cada aluno ficar com uma gravura de cada.

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2º – Confeccionar o próprio dinheiro. Intervenção: os alunos vão confeccionar o próprio dinheiro, porém de forma aleatória.

20140820-0022

3º – Exposição de cédulas antigas e atuais. Intervenção: Os alunos vão comparar as cédulas.

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4º – Confeccionar cédulas. Intervenção: os alunos vão confeccionar as próprias cédulas com folhas de papel ofício nas cores padrões do real. Cada aluno vai receber uma folha de cada cor, depois vão dividir em quatro partes iguais cada folha e por ultimo registrar nas folhas os valores referentes ao dinheiro vigente no Brasil.

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5º- Comparar preço de produtos. Intervenção: cada aluno vai receber encartes de diversos supermercados para comparar os valores.

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6º – Os alunos realizarão pequenos cálculos de cabeça utilizando os produtos dos encartes dos supermercados. Intervenção: os alunos recortarão imagens dos produtos com seus respectivos valores, depois colarão nas folhas de papel ofício para realizarem pequenos cálculos.

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7º – Aprendendo a poupar. Intervenção: os alunos estão depositando dinheiro em um cofre feito com caixa de papelão. O dinheiro arrecado é para a confraternização entre os alunos da EJA do vespertino.

008

8º – Eleição dos administradores do cofre. Intervenção: os alunos da EJA- vespertino elegeram dois administradores para o cofre, ou seja, os administradores vão registrar em caderneta os valores que cada aluno vai depositar e ao final do ano letivo cada aluno vai receber o valor depositado durante todo período para gastar na confraternização.

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9º – Os alunos vão realizar compra e venda dentro da sala de aula. Intervenção: os alunos vão receber folhas de papel ofício e encartes dos supermercados para cortar e colar os produtos que desejarem e depois vão registrar os cálculos.

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Sequência Didática referente à 4ª unidade:

1º – Preparação de uma pizza. Intervenção: os alunos vão participar de uma oficina interdisciplinar que será realizada na padaria da escola para prepararem pizza para a merenda.

2º – Confecção de pizza em sala de aula com papelão. Intervenção: os alunos vão receber rodelas de papelão em formato de pizza para confeccionarem pizzas artesanais.

3º – Exposição das pizzas artesanais. Intervenção: os alunos vão expor para toda escola as pizzas que foram confeccionadas em sala de aula.

4º – Abertura do cofre. Intervenção: primeiro momento, os alunos vão abrir o cofre e cada aluno vai receber a quantia que depositou. Segundo momento, os alunos vão ao supermercado para fazerem compras para a o dia da confraternização.

Avaliação: os alunos serão avaliados processualmente através do desempenho, interesse e participação nas aulas.

Metodologia: o projeto Sistema Monetário tem como estratégia de ensino aulas explicativas/participativas valorizando o conhecimento prévio dos alunos, partindo da realidade. Cada aluno vai confeccionar o próprio dinheiro com a orientação e ajuda da professora. Após a confecção, os alunos vão poder comparar preços, comprar e vender em sala de aula.

Duração: as atividades acontecerão duas vezes por semana com duração de 1 hora e meia, com aulas explicativas e participativas. Durante a 3ª e 4ª unidade.

CULMINÂNCIA: Os alunos vão visitar um supermercado.


 REFERÊNCIAS:

AOKI, Virginia. EJA-Educação de Jovens e Adultos: anos iniciais do ensino fundamental. Moderna; São Paulo, 2013.

BRASIL. Decreto Nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências.  Brasília, 1999. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3298.htm>. Acesso em: 31  ago 2014.

______. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática Ensino Fundamental I – Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. – 3. ed. – Brasília: A Secretaria, 1998.

LIMA, Maria Aparecida Barroso de. Registrando Descobertas: matemática nos novos tempos. FTD; São Paulo, 2003.